Dia 13 de maio o parque comemorou 60 anos . E para a data não passar despercebida nada melhor do que um post homenageando esse que é um dos lugares mais incríveis que já conheci!
A base para o parque é a pequena cidade de Puerto Natales . Não existe aeroporto, o mais próximo fica em Punta Arenas (pegamos um ônibus de linha entre as duas cidades e a viagem durou em torno de 4 horas sem paradas). Como nem eu nem minhas parceiras de viagem éramos muito animadas fugimos de camping e trekkings e nos hospedamos em um airbnb bem legal com um vista incrível! Fizemos um tour de um dia pelo parque , conhecemos a cidade em outro e alugamos carro e outras tarefas chatas para continuar nosso passeio rumo a Argentina. Clique aqui se quiser um desconto na primeira estadia em Airbnb.
Infelizmente três das cinco 'viajantes', incluindo eu , no dia excursão, acordamos passando muito mal ( a gente acha que foi alguma intoxicação alimentar ou algo do gênero) e não dava mais tempo nem de trocar o dia da excursão , só havia a opção de não ir. E vendo tudo verde fomos nós, não era todo dia que tínhamos oportunidade de estar em um lugar desses. Foi foda...no bom e no mal sentido,rs.
Fizemos a excursão com uma empresa que estava bem avaliada no TripAdvisor a Chile Outdoor (parece que ela não faz mais esse tipo de tour :/) e por sorte, para gente, só tinha mais uma pessoa.
Para chegar até o parque são em torno de 4 horas. Mas a a vista é lindíssima!
Por lá , pudemos ver muito, além dos guanacos ( parentes selvagens das lhamas) uma vegetação nativa chamada Calafate espalhada pela região meio desértica. Tão comum que chega a dar nome ao nosso próximo destino só que na Patagônia Argentina , El Calafate. Vimos também essa água azul turquesa formada majoritariamente pelo degelo dos glaciares da região.
O parque é famoso pelos seus ventos fortíssimos, os “ventos patagônicos” em que se deve tomar muito cuidado! Os turistas são avisados a todo momento. Durante nossas caminhadas, tínhamos que andar em fila indiana para de certa forma um proteger o outro do vento e qualquer problema se segurar em alguém. O guia passou meio que um manualzinho antes de andarmos.
Infelizmente, nem todos se preocupam com os alertas e principalmente com as consequências. Em 2012, um turista israelense acampado no parque resolveu fazer suas necessidades e queimar o papel higiênico, mesmo sendo expressamente proibido iniciar fogo dentro do parque pelos ventos fortes, ele causou um incêndio gigantesco que afetou permanentemente o parque e que até hoje dá para ver as consequências em vários locais.
Demos uma parada para um lanche-almoço em um 'refúgio' dentro do parque (esse gramado verde, têm algumas mesinhas e banheiros) achei que fosse ajudar a recarregar nossas baterias mas infelizmente não muito...mas seguimos em frente,rs (sem selfies!).
O dia também estava de mal humor e contava com muitas nuvens no céu, atrapalhou bastante a nossa vista , mas com os ventos fortes de vez em quando o panorama mudava! Infelizmente as Torres que dão nome ao parque ficaram parcialmente encobertas durante todo o tempo (fotos abaixo).
Mais para o final faríamos um pequeno trekking mas como não estávamos aguentando o guia sugeriu de descermos em um hotel all-inclusive que fica dentro do parque e bem próximo da Lago Grey, onde poderíamos usar as facilidades e caminhando bem pouco veríamos o Lago (reparem como estava bem seco :/) e bem ao fundo geleiras.
O tour basicamente dá uma grande volta pelo parque (você paga para entrar) e para em alguns pontos de interesse ao longo do caminho e no final sai por outro lugar voltando para a cidade (ele te pega e deixa em casa). É interessante ir preparado para mudanças drásticas do tempo, quem manda são os ventos: pode fazer frio , calor, chover ,nevar tudo em um mesmo dia! Então se vista em camadas, use um calçado mais voltado para trilha, tenha um capuz e uma câmera, ouça seu guia e se divirta!
Obs.: Todas as fotos foram tiradas por mim ;)
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